terça-feira, 17 de dezembro de 2013

COMUNIDADE BRASILEIRA

                     Penso que é nosso dever nos posicionarmos frente ao uso excessivo e incontrolável da drogas licitas ou ilícitas, independente do porque de seu uso e /ou até mesmo de nossas convicções pessoais.
                Temos que estar atentos aos sutis movimentos da mídia que contrariamente sugere o uso de droga quando vários órgãos e entidades se levantam contra. Indiscriminadamente, estamos assistindo propagandas onde os nossos talentos esportivos figuram promovendo e estimulando o uso de bebidas alcoólicas.
                Nesse sentido, apresento uma carta de repúdio a tais comerciais, que incitam o público a consumir bebidas alcoólicas. Penso que tais manifestações se fazem necessárias para cheguem as mãos dos órgãos competentes para que possam inibir este tipo de comerciais, usando jogadores de futebol ou artistas, certamente formadores de opinião. Vale lembrar que alguns ídolos, inclusive já estiveram envolvidos em crimes e tragédias por causa das drogas. Assistimos passivos a CBF e os nossos técnicos de futebol da seleção se prestando a isso por dinheiro e poder, quando se esperaria que promovessem a saúde e a educação.
                         Na verdade, a diferença entre o uso de álcool, maconha e cigarro é que o cigarro e o álcool pagam poucos impostos para os males que provocam. Já a maconha paga traficantes com violência e criminalidade, que afetam direta e indiretamente toda a sociedade.

                                                                                


Albino Júlio  Sciesleski
Psiquiatra e Psicoterapeuta
CRM- 15516
Membro do Comitê Nacional da
Prevenção da Violência e da Criminalidade

“VIVO COM SAÚDE”

                               
Viver está custando cada vez mais caro.
Robert Fogel, Prêmio Nobel de Economia em 1993, em entrevista à Revista Veja, publicada em 06 de abril do corrente, refere-se ao setor da saúde como um dos motores da economia no século XXI, dizendo que “(...) é um equivoco achar que as pessoas devem gastar menos com a saúde (...) trata-se de um investimento social, econômico e pessoal, com retorno garantido”.
Fogel coloca, também, que os avanços tecnológicos encarecem a saúde. Na sua visão, todos (do Estado ao indivíduo) devem fazer um maior investimento na saúde. Diz, ainda, que “em suma, as pessoas estão pagando para viver mais tempo e com mais qualidade”.
No entanto, o que vemos em nosso país é uma situação caótica,  que se não tiver um planejamento adequado com apoio da iniciativa privada, a organização de convênios e acesso aos serviços, poderá tal situação tornar-se irreversível a curto e médio prazo.
A Associação Médica do Rio Grande do Sul, AMRIGS, é, hoje, um dos órgãos mais representativos da classe médica e como tal, tais preocupações com a saúde deverão ser temas de debates desta Associação. Na reunião do Conselho de Representantes da AMRIGS,que ocorreu em  Porto Alegre, no último dia 09 de abril, foi sugerida uma manifestação a todos representantes de saúde e da justiça incluindo  Ministério da Saúde, Ministério da Justiça, Secretarias e Delegacias Estaduais e Municipais de Saúde, ONG’s e demais segmentos e órgãos competentes) revelando a preocupação desta Entidade com o descumprimento da Constituição Federal no que diz respeito à saúde pública, com repercussão a violência, criminalidade e morte, por não atender transtornos mentais, drogas e acidentes de causas muitas vezes desconhecidas.
           Em amplo debate, nacionais devem ser levantadas soluções para resolver o problema da saúde pública brasileira como um todo.  Nesse sentido  destaca-se  a AMRIGS como precursora de estudos relevantes na área.
Foram recomendados alguns temas debates como, por exemplo: a situação dos hospitais públicos; a qualidade dos cursos de medicina; a formação de médicos em áreas de carência; a distribuição de verbas públicas; situação dos convênios; dentre outros  relevantes que devem ser planejados e implementados em sua totalidade e não discutidos individualmente.
             Espera-se que estes debates e consequentes soluções sejam priorizados por médicos e autoridades e que, em breve possamos vislumbrar um novo cenário nestes setores.



Dr. Albino Júlio Sciesleski

Médico Psiquiatra