Viver está custando cada vez mais caro.
Robert Fogel, Prêmio Nobel de Economia em 1993,
em entrevista à Revista Veja, publicada em 06 de abril do corrente, refere-se
ao setor da saúde como um dos motores da economia no século XXI, dizendo que “(...)
é um equivoco achar que as pessoas devem gastar menos com a saúde (...) trata-se
de um investimento social, econômico e pessoal, com retorno garantido”.
Fogel coloca, também, que os avanços tecnológicos
encarecem a saúde. Na sua visão, todos (do Estado ao indivíduo) devem fazer um
maior investimento na saúde. Diz, ainda, que “em suma, as pessoas estão pagando
para viver mais tempo e com mais qualidade”.
No entanto, o que vemos em nosso país é uma situação
caótica, que se não tiver um
planejamento adequado com apoio da iniciativa privada, a organização de
convênios e acesso aos serviços, poderá tal situação tornar-se irreversível a
curto e médio prazo.
A Associação Médica do Rio Grande do Sul, AMRIGS,
é, hoje, um dos órgãos mais representativos da classe médica e como tal, tais
preocupações com a saúde deverão ser temas de debates desta Associação. Na
reunião do Conselho de Representantes da AMRIGS,que ocorreu em
Porto Alegre , no último dia 09 de abril, foi sugerida uma
manifestação a todos representantes de saúde e da justiça incluindo Ministério da Saúde, Ministério da Justiça,
Secretarias e Delegacias Estaduais e Municipais de Saúde, ONG’s e demais
segmentos e órgãos competentes) revelando a preocupação desta Entidade com o
descumprimento da Constituição Federal no que diz respeito à saúde pública, com
repercussão a violência, criminalidade e morte, por não atender transtornos mentais,
drogas e acidentes de causas muitas vezes desconhecidas.
Em amplo debate, nacionais devem ser
levantadas soluções para resolver o problema da saúde pública brasileira como
um todo. Nesse sentido destaca-se a AMRIGS como precursora de estudos relevantes
na área.
Foram recomendados alguns temas debates como, por
exemplo: a situação dos hospitais públicos; a qualidade dos cursos de medicina;
a formação de médicos em áreas de carência; a distribuição de verbas públicas;
situação dos convênios; dentre outros relevantes que devem ser planejados e
implementados em sua totalidade e não discutidos individualmente.
Espera-se
que estes debates e consequentes soluções sejam priorizados por médicos e
autoridades e que, em breve possamos vislumbrar um novo cenário nestes setores.
Dr. Albino Júlio Sciesleski
Médico Psiquiatra
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