sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

ÉTICA



                É um tema amplo, complexo e filosófico.  Nasceu com Sócrates, que distinguiu o bem do mal. Paradoxalmente, dizia que “a culpa é apenas erro, quando o erro torna-se uma culpa”. Já  seu  discípulo Platão afirmava  que “aquele que conhece verdadeiramente o  bem não pode fazer o mal”.
No decorrer dos tempos diversos filósofos dissertaram sobre a ética dizendo que “é o principio ordenador da sociedade”.
Ciência centenária, a ética tem dentro de si mesma varias subdivisões. A bioética dedica-se ao estudo da sociedade humana, cuja responsabilidade é multidisciplinar. Há a macroética, que está ligada à ecologia, ao meio ambiente e à saúde coletiva.  Existe a microética, que trata das questões individualmente, fruto da ética, mas constituída de um modo geral.
Aos médicos torna-se difícil conciliar os conceitos éticos e legais na profissão. A evolução tecnológica, a competição, as questões legais e formais levam ao seu desrespeito. Nossa preocupação como médico é preservar a ética. Princípios como a família do paciente, as suas condições sociais, financeiras e emocionais são fundamentais à ética médica.
Como filhos da terra começamos nossa vida preparando-a com limpeza, adubação. Lançamos a semente para germinação, crescimento, floração, frutificação e a colheita. Colhemos os frutos com carinho, com amor, com orgulho, contribuindo para alimentar a humanidade. Essa experiência com a terra preparou-nos para uma vida na qual o respeito à natureza nos ensina os primeiros princípios de apoio à sustentação da ética.
É certo que a educação começa no lar, por uma família bem constituída, bem formada. Depois vem a Igreja, com ensinamentos morais a serem praticados. Posteriormente, vem a escola primária, a secundária e, finalmente, a universidade. Os professores, no ambiente escolar devem ter a preocupação com o ensino, o desenvolvimento humano, com educação e ética.
A modernidade trouxe a mídia como fator decisivo na formação ético-moral das pessoas. A mídia é a divulgadora universal das noticias e sugere o que deve e o que não se deve fazer. Mostra, inclusive, as vantagens e os prejuízos do que se compra e do que se vende, até idéias.
É com o apoio da educação, da mídia, na saúde que se conseguirá quebrar preconceitos sobre o status social, cultural e econômico.
Nós médicos contribuímos para a segurança no trabalho, elaborando projetos de segurança.Nos contribuímos com o uso obrigatório do cinto de segurança, uso de capacete pelos condutores de moto, contribuímos na reformulação do Código Nacional de Trânsito, apesar de não haver fiscalização eficiente e nem mesmo punição adequada aos infratores. São bons exemplos para nossa sociedade que não sabe reivindicar seus direitos e não sabe de seus deveres.
A justiça é morosa e falha. Somos muito complicados. Esquecemos  que  para receber amor temos de saber receber e saber dar.  Esse deve ser nosso permanente objetivo, mas esquecemos que temos direitos e também deveres que devem ser assumidos conjuntamente. Devemos aprender a conviver a trabalhar, com justiça, ética e igualdade social.
Há sempre em nossas vidas questionamentos que nos inquietam ante as negligências que existem e persistem. A incompetência, igualmente as informações enganosas que visam tirar vantagens conduzem a processos anti-éticos.
Como médicos peritos, sempre levamos em consideração as informações e as hipóteses diagnósticas. A preocupação nossa sempre foi e será a justiça, mas não é muito fácil atender, pois devemos levar em conta tudo. Mesmo com informações duvidosas, jamais podemos humilhar nossos semelhantes, nossos pacientes.                
Justiça é para todos e não para os plagiadores do poder. Se todos pensarem assim a humanidade e a vida conviverá com fraternidade, qualidade e paz.

Albino Julio Sciesleski, Marisa Potiens Zilio

Nenhum comentário:

Postar um comentário